20 de novembro de 2009

VIAGEM



Tudo parece distante aos poucos, pra mim.

Essa paisagem, sem eira nem beira, de estrada.

Que vai me levando embora, pra longe daqui.

Buscando o progresso que Deus me jurou, que me dava.

*

O sal é o meu quinhão,

um mar de plantação

Pro bem, sacrifiquei...

Pro bom de se viver.

*

Sempre vivendo, e aprendendo a viver por um triz.

E sigo o caminho que foi, para mim destinado.

Deixo pra Deus e Exú, a guarida do lar.

levando comigo, o passado, em que eu era feliz.

*

Meu norte que perdi, de tanto procurar.

No peito um coração,

saudade vai e vem.

*

Pressinto que sou nessa terra um errante qualquer.

Entre o trabalho, e a prece, que vai de viés.

Preciso de paz, e algo mais, para os meus desencontros.

Mas vou tão sereno, que o vento, me passa através.

*

Meu norte que perdi, de tanto procurar.

No peito um coração,

Saudade vem e vai.

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